segunda-feira, 4 de abril de 2011

Estudo mostra que radiação de celulares pode interferir no cérebro

Já sabemos que todos os celulares hoje em dia emitem uma pequena quantidade de radiação. Por serem equipamentos relativamente recentes, ainda não sabemos ao certo como ela afeta o corpo humano. Alguns estudos chegaram a sugerir que talvez eles estejam ligados à formação de raros e pequenos tumores no cérebro, mas ainda trata-se apenas de uma teoria. Um estudo liberado hoje, no entanto, conseguiu interligar uma mudança do comportamento do cérebro com o uso prolongado de celulares.

O estudo foi conduzido pela Doutora Nora Volkow em 2009 e foi relativamente simples. 47 voluntários tiveram dois celulares desligados colocados em cada orelha e, logo depois, seus cérebros foram escaneados usando o método PET scan. Depois desse um segundo escaneamento foi feito, mas dessa vez com o celular da orelha direita ligado e com uma chamada ativa durante 50 minutos. O resultado é mostrado logo abaixo.



A imagem mostra que a área perto da antena do celular sofreu um aumento de 7% em consumo de glicose em relação ao escaneamento anterior, se tornando um pouco mais ativa. Como a ligação era sem áudio, a área do cérebro que apresentou atividade no segundo escaneamento não estava relacionado com o interlocutor pensando ou conversando com uma pessoa do outro lado da linha.
A Dra. Volkow alerta que essa pesquisa é bastante preliminar e não determina se a radiação de celulares interfere com a saúde humana, apenas afeta de alguma forma o cérebro, seja positiva ou negativamente. Ela também diz que que esse estudo prova a importância de se realizarem pesquisas mais longas e detalhadas na área, para que cheguemos a uma conclusão definitiva.
Como um usuário de celular que tem familiares que gostam de falar por quase uma hora quando ligam, eu não poderia concordar mais.